Entendendo sobre a Síndrome de Cushing: O que é e qual a relevância para a saúde

A Síndrome de Cushing é uma condição rara, mas com impactos significativos na saúde física e mental. Caracterizada pelo excesso crônico de cortisol no organismo, ela pode levar a sintomas como ganho de peso, hipertensão e fragilidade óssea, além de complicações graves como diabetes e doenças cardiovasculares. Neste artigo, exploraremos em detalhes o que é a Síndrome de Cushing, suas causas, sintomas, métodos de diagnóstico, tratamentos disponíveis e sua relevância para a saúde, com base em evidências científicas e informações confiáveis. Se você busca compreender essa condição ou suspeita de sintomas relacionados, este guia completo será seu aliado.

O que você verá neste artigo

Introdução à Síndrome de Cushing

A Síndrome de Cushing é uma condição endócrina que afeta cerca de 1 a 3 pessoas por milhão anualmente, sendo mais comum em mulheres entre 20 e 50 anos. Apesar de sua raridade, seus efeitos são profundos, impactando desde a aparência física até a saúde cardiovascular e mental. O excesso de cortisol, conhecido como o “hormônio do estresse”, desencadeia uma cascata de alterações no corpo, muitas vezes confundidas com outras condições, o que torna o diagnóstico um desafio.

Este artigo foi elaborado com base em estudos científicos de fontes confiáveis, como PubMed, SciELO e BMJ Best Practice, para oferecer informações precisas e acessíveis ao público brasileiro. Nosso objetivo é esclarecer o que é a Síndrome de Cushing, como ela é diagnosticada e tratada, e por que seu manejo adequado é essencial para a qualidade de vida. Seja você um paciente, um familiar ou um profissional de saúde, aqui encontrará um guia completo para entender essa condição.

O que é a Síndrome de Cushing?

A Síndrome de Cushing é um distúrbio hormonal causado pela exposição prolongada a níveis elevados de cortisol, um hormônio produzido pelas glândulas adrenais. O cortisol regula funções como metabolismo, resposta ao estresse e sistema imunológico. Quando em excesso, ele pode desregular o organismo, levando a uma ampla gama de sintomas.

É importante distinguir entre a **Síndrome de Cushing** e a **Doença de Cushing**. A síndrome engloba todas as causas de hipercortisolismo, enquanto a doença refere-se especificamente ao hipercortisolismo causado por um adenoma hipofisário (um tumor benigno na hipófise que aumenta a produção de ACTH, hormônio que estimula as adrenais). A Síndrome de Cushing pode ser classificada em dois tipos principais:

  • Endógena: Causada por produção excessiva de cortisol pelo próprio corpo, geralmente devido a tumores hipofisários, adrenais ou ectópicos.
  • Exógena: Resultante do uso prolongado de medicamentos glicocorticoides, como prednisona, para tratar condições como artrite reumatoide ou lúpus.

Estima-se que a forma exógena seja mais comum devido ao uso difundido de corticoides, enquanto a forma endógena é rara. Ambas, no entanto, requerem atenção médica especializada.

Causas e Fisiopatologia

A Síndrome de Cushing ocorre devido ao excesso de cortisol, mas as causas subjacentes variam. Abaixo, detalhamos as principais:

Tipo de CausaDescriçãoPrevalência
Endógena – HipofisáriaTumor na hipófise (adenoma) que aumenta a produção de ACTH, estimulando as adrenais a produzir cortisol.~70% dos casos endógenos
Endógena – AdrenalTumores adrenais (adenomas ou carcinomas) que produzem cortisol diretamente.~15-20% dos casos endógenos
Endógena – EctópicaTumores fora da hipófise ou adrenais (ex.: pulmão, pâncreas) que secretam ACTH.~10% dos casos endógenos
ExógenaUso prolongado de glicocorticoides (ex.: prednisona, dexametasona) para doenças inflamatórias ou autoimunes.Mais comum em geral

A fisiopatologia da Síndrome de Cushing envolve a desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). Normalmente, o hipotálamo libera CRH (hormônio liberador de corticotropina), que estimula a hipófise a secretar ACTH, que por sua vez ativa a produção de cortisol nas adrenais. Em casos endógenos, tumores interrompem esse equilíbrio, enquanto na forma exógena, medicamentos suprimem o eixo HPA, mas fornecem cortisol sintético em excesso.

Estudos da SciELO e PubMed indicam que fatores genéticos, como mutações no gene PRKAR1A, podem predispor a tumores adrenais, enquanto o uso indiscriminado de corticoides é a principal causa evitável.

Sintomas e Impactos na Saúde

Os sintomas da Síndrome de Cushing são variados e podem ser confundidos com outras condições, como obesidade ou hipertensão. Abaixo, listamos os principais:

  1. Obesidade central: Acúmulo de gordura no abdômen, face (face de lua cheia) e região cervical (giba de búfalo).
  2. Alterações cutâneas: Estrias roxas largas (geralmente no abdômen), pele fina, hematomas fáceis e acne.
  3. Fraqueza muscular: Perda de massa muscular, especialmente nos membros, dificultando atividades físicas.
  4. Hipertensão arterial: Pressão alta resistente a medicamentos, devido ao efeito vasoconstritor do cortisol.
  5. Alterações metabólicas: Intolerância à glicose, diabetes tipo 2 e dislipidemia.
  6. Fragilidade óssea: Osteoporose e maior risco de fraturas devido à redução da densidade óssea.
  7. Alterações psiquiátricas: Depressão, ansiedade, irritabilidade e declínio cognitivo.
  8. Distúrbios menstruais: Irregularidades ou amenorreia em mulheres, além de infertilidade.
  9. Hirsutismo: Crescimento excessivo de pelos em mulheres, devido ao excesso de androgênios.

Esses sintomas impactam profundamente a qualidade de vida. Por exemplo, a obesidade central e as alterações cutâneas podem afetar a autoestima, enquanto a hipertensão e o diabetes aumentam o risco cardiovascular. Estudos da BMJ Best Practice destacam que até 80% dos pacientes apresentam pelo menos um sintoma metabólico, reforçando a necessidade de diagnóstico precoce.

Diagnóstico: Testes e Desafios

O diagnóstico da Síndrome de Cushing é complexo devido à sobreposição de sintomas com outras condições. O processo envolve três etapas principais:

  1. Confirmação do hipercortisolismo:
    • Teste de cortisol salivar noturno: Mede o cortisol na saliva à meia-noite, quando os níveis devem estar baixos. Valores elevados sugerem hipercortisolismo.
    • Cortisol urinário livre (24 horas): Avalia a excreção de cortisol na urina, indicando produção excessiva.
    • Teste de supressão de dexametasona (1 mg): Após tomar dexametasona à noite, o cortisol matinal deve estar suprimido. Falha na supressão sugere Síndrome de Cushing.
  2. Identificação da causa:
    • Dosagem de ACTH: Níveis altos sugerem causa hipofisária ou ectópica; níveis baixos indicam origem adrenal.
    • Teste de supressão com alta dose de dexametasona: Ajuda a diferenciar causas hipofisárias de ectópicas.
  3. Exames de imagem:
    • Ressonância magnética (RM) da hipófise: Detecta adenomas hipofisários.
    • Tomografia computadorizada (TC) das adrenais: Identifica tumores adrenais.
    • TC ou PET-CT torácico/abdominal: Busca tumores ectópicos.

Desafios incluem falsos positivos em condições como estresse crônico ou obesidade, que podem elevar o cortisol. Artigos da PubMed recomendam a combinação de pelo menos dois testes bioquímicos para maior precisão.

Tratamentos Disponíveis

O tratamento da Síndrome de Cushing depende da causa e pode incluir:

  1. Cirurgia:
    • Transesfenoidal: Remoção de adenomas hipofisários, com taxa de sucesso de 70-90%.
    • Adrenalectomia: Remoção de tumores adrenais, unilateral ou bilateral, dependendo do caso.
  2. Medicamentos:
    • Inibidores da esteroidogênese: Cetoconazol, metirapona e osilodrostat reduzem a produção de cortisol.
    • Antagonistas do receptor de glicocorticoides: Mifepristona bloqueia os efeitos do cortisol.
    • Análogos da somatostatina: Pasireotida reduz a secreção de ACTH em tumores hipofisários.
  3. Radioterapia: Usada em casos de tumores hipofisários não acessíveis cirurgicamente, com resultados a longo prazo.
  4. Gerenciamento de corticoides exógenos: Redução gradual de glicocorticoides em casos exógenos, sob supervisão médica.

Estudos da SciELO destacam que o tratamento multidisciplinar, envolvendo endocrinologistas, neurocirurgiões e psicólogos, é essencial para o sucesso. A escolha do tratamento depende da gravidade, idade do paciente e comorbidades.

Complicações e Relevância para a Saúde

A Síndrome de Cushing não tratada pode levar a complicações graves, incluindo:

  • Doenças cardiovasculares: Hipertensão e aterosclerose aumentam o risco de infarto e AVC.
  • Diabetes mellitus: O cortisol elevado causa resistência à insulina, afetando até 30% dos pacientes.
  • Osteoporose: Perda de densidade óssea leva a fraturas em até 40% dos casos.
  • Distúrbios psiquiátricos: Depressão e ansiedade afetam cerca de 50-80% dos pacientes.
  • Infecções recorrentes: O cortisol suprime o sistema imunológico, aumentando a suscetibilidade.

A relevância para a saúde reside no impacto sistêmico da doença. Artigos da BMJ Best Practice indicam que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem reduzir a mortalidade, que é até quatro vezes maior em pacientes não tratados. Além disso, a Síndrome de Cushing destaca a importância do uso racional de corticoides e do acompanhamento endócrino.

Prevenção e Cuidados a Longo Prazo

Embora a Síndrome de Cushing endógena seja difícil de prevenir, algumas medidas podem reduzir o risco:

  1. Uso racional de corticoides: Evitar doses altas e prolongadas, sempre sob orientação médica.
  2. Monitoramento de tumores endócrinos: Exames regulares em pacientes com histórico familiar de tumores adrenais ou hipofisários.
  3. Estilo de vida saudável: Dieta equilibrada, exercícios e controle do estresse ajudam a manter o equilíbrio hormonal.

A longo prazo, pacientes tratados devem:

  • Realizar acompanhamento endócrino regular.
  • Monitorar complicações como diabetes e osteoporose.
  • Buscar apoio psicológico para lidar com sequelas emocionais.

Perguntas Frequentes

  1. O que é a Síndrome de Cushing?
    É uma condição causada pelo excesso crônico de cortisol, afetando o metabolismo, sistema cardiovascular e saúde mental.
  2. Quais são os principais sintomas?
    Ganho de peso central, estrias roxas, hipertensão, fraqueza muscular, depressão e osteoporose.
  3. Como é feito o diagnóstico?
    Por testes como cortisol salivar noturno, cortisol urinário livre e supressão de dexametasona, além de exames de imagem.
  4. É possível prevenir a Síndrome de Cushing?
    Evitar corticoides prolongados e monitorar tumores endócrinos podem reduzir o risco.
  5. Quais são os tratamentos disponíveis?
    Cirurgia (hipofisária ou adrenal), medicamentos (cetoconazol, osilodrostat) e radioterapia.
  6. A Síndrome de Cushing é comum?
    Não, é rara, com 1-3 casos por milhão de pessoas por ano, mais comum em mulheres.
  7. Quais são as complicações?
    Diabetes, doenças cardiovasculares, osteoporose e distúrbios psiquiátricos.
  8. Pode afetar a saúde mental?
    Sim, causando depressão, ansiedade e alterações cognitivas em até 80% dos casos.
  9. Qual é a diferença entre Síndrome e Doença de Cushing?
    A Doença de Cushing é causada por adenoma hipofisário; a síndrome inclui todas as causas de hipercortisolismo.
  10. Quem está mais em risco?
    Mulheres, pacientes em uso de corticoides e pessoas com tumores endócrinos.

A Síndrome de Cushing é uma condição complexa que exige diagnóstico precoce e tratamento especializado para evitar complicações graves. Compreender suas causas, sintomas e opções terapêuticas é essencial para pacientes, familiares e profissionais de saúde. Este artigo, baseado em evidências científicas, buscou esclarecer o tema de forma acessível e completa, destacando a relevância da condição para a saúde. Se você suspeita de sintomas ou deseja saber mais, consulte um endocrinologista para uma avaliação detalhada.

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A Síndrome de Cushing é uma condição rara, mas com impactos significativos na saúde física e mental. Caracterizada pelo excesso crônico de cortisol no organismo, ela pode levar a sintomas como ganho de peso, hipertensão e fragilidade óssea, além de complicações graves como diabetes e doenças cardiovasculares. Neste artigo, exploraremos em detalhes o que é a Síndrome de Cushing, suas causas, sintomas, métodos de diagnóstico, tratamentos disponíveis e sua relevância para a saúde, com base em evidências científicas e informações confiáveis. Se você busca compreender essa condição ou suspeita de sintomas relacionados, este guia completo será seu aliado.

O que você verá neste artigo

Introdução à Síndrome de Cushing

A Síndrome de Cushing é uma condição endócrina que afeta cerca de 1 a 3 pessoas por milhão anualmente, sendo mais comum em mulheres entre 20 e 50 anos. Apesar de sua raridade, seus efeitos são profundos, impactando desde a aparência física até a saúde cardiovascular e mental. O excesso de cortisol, conhecido como o “hormônio do estresse”, desencadeia uma cascata de alterações no corpo, muitas vezes confundidas com outras condições, o que torna o diagnóstico um desafio.

Este artigo foi elaborado com base em estudos científicos de fontes confiáveis, como PubMed, SciELO e BMJ Best Practice, para oferecer informações precisas e acessíveis ao público brasileiro. Nosso objetivo é esclarecer o que é a Síndrome de Cushing, como ela é diagnosticada e tratada, e por que seu manejo adequado é essencial para a qualidade de vida. Seja você um paciente, um familiar ou um profissional de saúde, aqui encontrará um guia completo para entender essa condição.

O que é a Síndrome de Cushing?

A Síndrome de Cushing é um distúrbio hormonal causado pela exposição prolongada a níveis elevados de cortisol, um hormônio produzido pelas glândulas adrenais. O cortisol regula funções como metabolismo, resposta ao estresse e sistema imunológico. Quando em excesso, ele pode desregular o organismo, levando a uma ampla gama de sintomas.

É importante distinguir entre a **Síndrome de Cushing** e a **Doença de Cushing**. A síndrome engloba todas as causas de hipercortisolismo, enquanto a doença refere-se especificamente ao hipercortisolismo causado por um adenoma hipofisário (um tumor benigno na hipófise que aumenta a produção de ACTH, hormônio que estimula as adrenais). A Síndrome de Cushing pode ser classificada em dois tipos principais:

  • Endógena: Causada por produção excessiva de cortisol pelo próprio corpo, geralmente devido a tumores hipofisários, adrenais ou ectópicos.
  • Exógena: Resultante do uso prolongado de medicamentos glicocorticoides, como prednisona, para tratar condições como artrite reumatoide ou lúpus.

Estima-se que a forma exógena seja mais comum devido ao uso difundido de corticoides, enquanto a forma endógena é rara. Ambas, no entanto, requerem atenção médica especializada.

Causas e Fisiopatologia

A Síndrome de Cushing ocorre devido ao excesso de cortisol, mas as causas subjacentes variam. Abaixo, detalhamos as principais:

Tipo de CausaDescriçãoPrevalência
Endógena – HipofisáriaTumor na hipófise (adenoma) que aumenta a produção de ACTH, estimulando as adrenais a produzir cortisol.~70% dos casos endógenos
Endógena – AdrenalTumores adrenais (adenomas ou carcinomas) que produzem cortisol diretamente.~15-20% dos casos endógenos
Endógena – EctópicaTumores fora da hipófise ou adrenais (ex.: pulmão, pâncreas) que secretam ACTH.~10% dos casos endógenos
ExógenaUso prolongado de glicocorticoides (ex.: prednisona, dexametasona) para doenças inflamatórias ou autoimunes.Mais comum em geral

A fisiopatologia da Síndrome de Cushing envolve a desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). Normalmente, o hipotálamo libera CRH (hormônio liberador de corticotropina), que estimula a hipófise a secretar ACTH, que por sua vez ativa a produção de cortisol nas adrenais. Em casos endógenos, tumores interrompem esse equilíbrio, enquanto na forma exógena, medicamentos suprimem o eixo HPA, mas fornecem cortisol sintético em excesso.

Estudos da SciELO e PubMed indicam que fatores genéticos, como mutações no gene PRKAR1A, podem predispor a tumores adrenais, enquanto o uso indiscriminado de corticoides é a principal causa evitável.

Sintomas e Impactos na Saúde

Os sintomas da Síndrome de Cushing são variados e podem ser confundidos com outras condições, como obesidade ou hipertensão. Abaixo, listamos os principais:

  1. Obesidade central: Acúmulo de gordura no abdômen, face (face de lua cheia) e região cervical (giba de búfalo).
  2. Alterações cutâneas: Estrias roxas largas (geralmente no abdômen), pele fina, hematomas fáceis e acne.
  3. Fraqueza muscular: Perda de massa muscular, especialmente nos membros, dificultando atividades físicas.
  4. Hipertensão arterial: Pressão alta resistente a medicamentos, devido ao efeito vasoconstritor do cortisol.
  5. Alterações metabólicas: Intolerância à glicose, diabetes tipo 2 e dislipidemia.
  6. Fragilidade óssea: Osteoporose e maior risco de fraturas devido à redução da densidade óssea.
  7. Alterações psiquiátricas: Depressão, ansiedade, irritabilidade e declínio cognitivo.
  8. Distúrbios menstruais: Irregularidades ou amenorreia em mulheres, além de infertilidade.
  9. Hirsutismo: Crescimento excessivo de pelos em mulheres, devido ao excesso de androgênios.

Esses sintomas impactam profundamente a qualidade de vida. Por exemplo, a obesidade central e as alterações cutâneas podem afetar a autoestima, enquanto a hipertensão e o diabetes aumentam o risco cardiovascular. Estudos da BMJ Best Practice destacam que até 80% dos pacientes apresentam pelo menos um sintoma metabólico, reforçando a necessidade de diagnóstico precoce.

Diagnóstico: Testes e Desafios

O diagnóstico da Síndrome de Cushing é complexo devido à sobreposição de sintomas com outras condições. O processo envolve três etapas principais:

  1. Confirmação do hipercortisolismo:
    • Teste de cortisol salivar noturno: Mede o cortisol na saliva à meia-noite, quando os níveis devem estar baixos. Valores elevados sugerem hipercortisolismo.
    • Cortisol urinário livre (24 horas): Avalia a excreção de cortisol na urina, indicando produção excessiva.
    • Teste de supressão de dexametasona (1 mg): Após tomar dexametasona à noite, o cortisol matinal deve estar suprimido. Falha na supressão sugere Síndrome de Cushing.
  2. Identificação da causa:
    • Dosagem de ACTH: Níveis altos sugerem causa hipofisária ou ectópica; níveis baixos indicam origem adrenal.
    • Teste de supressão com alta dose de dexametasona: Ajuda a diferenciar causas hipofisárias de ectópicas.
  3. Exames de imagem:
    • Ressonância magnética (RM) da hipófise: Detecta adenomas hipofisários.
    • Tomografia computadorizada (TC) das adrenais: Identifica tumores adrenais.
    • TC ou PET-CT torácico/abdominal: Busca tumores ectópicos.

Desafios incluem falsos positivos em condições como estresse crônico ou obesidade, que podem elevar o cortisol. Artigos da PubMed recomendam a combinação de pelo menos dois testes bioquímicos para maior precisão.

Tratamentos Disponíveis

O tratamento da Síndrome de Cushing depende da causa e pode incluir:

  1. Cirurgia:
    • Transesfenoidal: Remoção de adenomas hipofisários, com taxa de sucesso de 70-90%.
    • Adrenalectomia: Remoção de tumores adrenais, unilateral ou bilateral, dependendo do caso.
  2. Medicamentos:
    • Inibidores da esteroidogênese: Cetoconazol, metirapona e osilodrostat reduzem a produção de cortisol.
    • Antagonistas do receptor de glicocorticoides: Mifepristona bloqueia os efeitos do cortisol.
    • Análogos da somatostatina: Pasireotida reduz a secreção de ACTH em tumores hipofisários.
  3. Radioterapia: Usada em casos de tumores hipofisários não acessíveis cirurgicamente, com resultados a longo prazo.
  4. Gerenciamento de corticoides exógenos: Redução gradual de glicocorticoides em casos exógenos, sob supervisão médica.

Estudos da SciELO destacam que o tratamento multidisciplinar, envolvendo endocrinologistas, neurocirurgiões e psicólogos, é essencial para o sucesso. A escolha do tratamento depende da gravidade, idade do paciente e comorbidades.

Complicações e Relevância para a Saúde

A Síndrome de Cushing não tratada pode levar a complicações graves, incluindo:

  • Doenças cardiovasculares: Hipertensão e aterosclerose aumentam o risco de infarto e AVC.
  • Diabetes mellitus: O cortisol elevado causa resistência à insulina, afetando até 30% dos pacientes.
  • Osteoporose: Perda de densidade óssea leva a fraturas em até 40% dos casos.
  • Distúrbios psiquiátricos: Depressão e ansiedade afetam cerca de 50-80% dos pacientes.
  • Infecções recorrentes: O cortisol suprime o sistema imunológico, aumentando a suscetibilidade.

A relevância para a saúde reside no impacto sistêmico da doença. Artigos da BMJ Best Practice indicam que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem reduzir a mortalidade, que é até quatro vezes maior em pacientes não tratados. Além disso, a Síndrome de Cushing destaca a importância do uso racional de corticoides e do acompanhamento endócrino.

Prevenção e Cuidados a Longo Prazo

Embora a Síndrome de Cushing endógena seja difícil de prevenir, algumas medidas podem reduzir o risco:

  1. Uso racional de corticoides: Evitar doses altas e prolongadas, sempre sob orientação médica.
  2. Monitoramento de tumores endócrinos: Exames regulares em pacientes com histórico familiar de tumores adrenais ou hipofisários.
  3. Estilo de vida saudável: Dieta equilibrada, exercícios e controle do estresse ajudam a manter o equilíbrio hormonal.

A longo prazo, pacientes tratados devem:

  • Realizar acompanhamento endócrino regular.
  • Monitorar complicações como diabetes e osteoporose.
  • Buscar apoio psicológico para lidar com sequelas emocionais.

Perguntas Frequentes

  1. O que é a Síndrome de Cushing?
    É uma condição causada pelo excesso crônico de cortisol, afetando o metabolismo, sistema cardiovascular e saúde mental.
  2. Quais são os principais sintomas?
    Ganho de peso central, estrias roxas, hipertensão, fraqueza muscular, depressão e osteoporose.
  3. Como é feito o diagnóstico?
    Por testes como cortisol salivar noturno, cortisol urinário livre e supressão de dexametasona, além de exames de imagem.
  4. É possível prevenir a Síndrome de Cushing?
    Evitar corticoides prolongados e monitorar tumores endócrinos podem reduzir o risco.
  5. Quais são os tratamentos disponíveis?
    Cirurgia (hipofisária ou adrenal), medicamentos (cetoconazol, osilodrostat) e radioterapia.
  6. A Síndrome de Cushing é comum?
    Não, é rara, com 1-3 casos por milhão de pessoas por ano, mais comum em mulheres.
  7. Quais são as complicações?
    Diabetes, doenças cardiovasculares, osteoporose e distúrbios psiquiátricos.
  8. Pode afetar a saúde mental?
    Sim, causando depressão, ansiedade e alterações cognitivas em até 80% dos casos.
  9. Qual é a diferença entre Síndrome e Doença de Cushing?
    A Doença de Cushing é causada por adenoma hipofisário; a síndrome inclui todas as causas de hipercortisolismo.
  10. Quem está mais em risco?
    Mulheres, pacientes em uso de corticoides e pessoas com tumores endócrinos.

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